É estranho elogiar um guarda-redes quando sofre três golos, mas a verdade é que não fora Rui Patrício e o Sporting teria saído do Dragão com uma goleada das antigas. O internacional português voltou a justificar que cada vez mais se está a transformar no melhor guarda-redes português da actualidade, com um sem número de defesas que permitiram que o FC Porto vencesse por 3-2. O outro destaque do encontro foi Falcao que apontou dois golos de cabeça, os dois com uma técnica assinalável. Do lado sportinguista, no que a jogadores de campo diz respeito, Matías Fernández foi insuficiente para remar contra a corrente. De ressalvar ainda o regresso de Izmailov após quase um ano de paragem.
José Couceiro apresentou um onze, no Porto, no qual fez regressar Jaime Valdés à titularidade, no lado esquerdo do ataque. Para o duelo com o chileno, André Villas-Boas lançou Sereno. No meio-campo, Guarín recuava para médio defensivo por ausência de Fernando e Rúben Micael foi ocupar o lugar de Belluschi. O Porto começou o jogo com a posse de bola que lhe é característica, aparentemente a controlar o jogo. Aparentemente apenas. Isto porque, no segundo remate que o Sporting faz à baliza portista, André Santos, com a ajuda de Matías, remata de fora da área para o fundo das redes dos "dragões". Por estranho que pareça, felizmente para o Porto que o Sporting marcou. É que o golo leonino parece ter acordado definitivamente o virtual campeão nacional e então começou a brilhar Rui Patrício.
Primeiro numa bomba de Guarín que o guardião verde-e-branco defendeu como conseguiu e logo a seguir impôs-se à recarga de Falcao, quando no Dragão já se abriam as bocas para gritar golo. Pouco depois, de novo Falcao em destaque, a ganhar a bola de cabeça aos centrais do Sporting e a levar a bola ao poste. Estavam dados dois avisos, a defesa do Sporting parece não ter ligado muito porque permitiu uma terceira tentativa que Falcao não perdoou. Bola para a cabeça do colombiano que a colocou com mestria, sem hipóteses para Patrício. Até ao intervalo, o FC Porto continuou a tentar chegar à reviravolta, mas o Sporting mostrar-se-ia organizado defensivamente.
No segundo tempo, o Porto voltou a trazer a vontade de vencer o jogo. Já o Sporting apostava no contra-ataque para surpreender os azuis-e-brancos e a verdade é que podê-lo-ia ter feito por algumas vezes, especialmente por via de um cabeceamento de Yannick Djaló à boca da baliza e de um falhanço de Jaime Valdés. O Porto, chegaria ao segundo golo através de uma desatenção num canto curto. A defesa sportinguista quis antecipar os movimentos do Porto e tomou como certo que depois de a bola chegar a Moutinho, após canto de Hulk, voltaria ao brasileiro, e, por isso, deu a linha de fundo. O ex-Sporting aproveitou e foi por ali fora, antes de adoçar a bola para Falcao que em voo fez o segundo. Este golo serviria para o Porto começar a descansar, sempre com bola, e foi nesta altura que apareceram os tais lances do Sporting, já com Beto em campo - o 24 substituiu Helton que se lesionou.
Ainda assim, quem marcaria seria o Porto por intermédio de Walter, que aproveitou uma bola que caiu na sua zona para, de primeira, fazer o último golo do Porto. O Sporting conseguiria reduzir por Matías Fernández, e reclamaria um penalty que ficou por assinalar por mão de Rolando na grande área dos "dragões". Apesar disso a justiça no resultado é inquestionável. A derrota pode deixar o Sporting a cinco pontos do terceiro lugar e mantém o Porto no seu caminho imaculado.
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