O FC Porto conseguiu meia-passagem às meias-finais da Liga Europa. Depois da conquista do campeonato no Estádio da Luz, havia o medo de existir algum excesso de confiança no plantel portista, mas a verdade é que se havia ficou fora do encontro. Goleada de cinco golos contra apenas um destes russos que vinham - e isso foi visível nos primeiros vinte minutos do encontro - rotulados de tecnicistas, especialmente com o contributo do trio de brasileiros do meio-campo. A grande figura do encontro acabou por ser Falcao que, no regresso às grandes noites, apontou um hat-trick.
André Villas-Boas fez actuar o seu onze de gala - Fucile pode ser considerado um elemento desse mesmo alinhamento embora divida exibições com Sapunaru - mas, nos primeiros vinte minutos teve de despir esse fato de gala e vestir o de macaco. Os azuis-e-brancos aguentaram a pressão do Spartak de Moscovo, mas não se livraram de alguns sustos. É que os russos tinham mais posse e obrigavam o Porto a apostar num estilo mais directo, o que se tornou prejudicial. Valeu aí o desacerto de Welliton, avançado com muito bons pormenores técnicos, ou a atenção de Helton. Com o passar do tempo, o Spartak não conseguiu manter o ritmo, especialmente ao nível da pressão e o FC Porto partiu para cima da equipa de Valery Karpin, que não mais se recomporia.
A machadada mais sentida pelos visitantes foi o primeiro golo. Centro primoroso de Álvaro Pereira a fugir a toda a defesa e a pingar em Falcao que, com um cabeceamento em mergulho e colocando a bola longe do guarda-redes, fez o primeiro. Assim chegaria o resultado ao intervalo.
No segundo tempo, a ordem não era para gerir. Claramente André Villas-Boas queria mais e mais golos para o Porto viajar para a Rússia mais e mais descansado. E, já depois de Hulk fazer embater um livre na barra, de Varela ter falhado redondamente no coração da grande área e, acima de tudo, de o Porto fazer mais do que o necessário para aumentar a vantagem, Varela aproveitou um passe com o peito de Falcao e rematou de primeira, cruzado, para o fundo das redes. Seguiram-se Maicon, e Falcao mais duas vezes. Todos eles, curiosamente, com uma naturalidade clara, quase como se isso fosse inevitável. Certo é que este Porto só por uma calamidade não estará nas meias-finais, onde muito possivelmente encontrará o Villarreal, equipa que deu também cinco ao Twente.
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