Fim da linha para Costinha


Costinha está no fim da linha. Apurou Bola Branca que a sua continuidade no Sporting está por horas, quanto muito, por dias. O presidente demissionário, José Eduardo Bettencourt, regressa hoje do estrangeiro, com uma nova batata quente nas mãos, pressionado pela necessidade de tomar uma decisão, em face do que disse o dirigente em entrevista à Sport TV, colocando em causa a gestão da SAD.

O ainda director desportivo do Sporting catalogou de ruinoso o negócio Liedson, lamentando por outro lado, ser apontado pelos adeptos como um dos principais responsáveis pela crise leonina. Os actuais administradores da SAD revelam desconforto pelo que foi dito, mas tendo Costinha resolvido falar, também pelo que foi omitido. Por exemplo, no caso Trezeguet, que disse terem faltado um pouco mais de 100 mil euros para a sua contratação, é segundo uma fonte de Bola Branca, um valor falso, mas mesmo que fosse verdadeiro, não haveria problema, caso não avalizasse a contratação de Tales de Souza, que anualmente ganha bem mais do que isso, não tendo sequer um minuto de competição.

António Simões, que ontem esteve sentado ao lado de Costinha, que já foi director desportivo, considera que em Portugal não existe espaço para esse tipo de dirigente, em especial, se for um antigo jogador de futebol. Simões enaltece a coragem que teve Costinha em denunciar este tipo de situações, mas não esquece outros exemplos, como Vítor Baía que deixou o FC Porto, como Rui Costa, que diz, tem poderes cada vez mais limitados no Benfica. Carlos Janela, que ocupou idênticas funções no Sporting, que conhece o clube como poucos, percebe a opção de Costinha, em falar na praça pública dos problemas do clube, embora tivesse, em circunstâncias idênticas, optado por uma outra via. in Rádio Renascença