Messi evita dissabor em Camp Nou

Classe de Messi dá liderança ao Barcelona

Um remate fulminante de Lionel Messi na primeira parte e um segundo golo ao cair do pano deram a vitória ao FC Barcelona sobre o FC København que muitos estavam à espera. No entanto, o resultado de 2-0 esconde uma noite de frustração e nervosismo.

O visitante dinamarquês mostrou inteligência, paciência e enorme vitalidade para discutir um jogo em que, ao início, se esperava que fosse massacrado. Apesar de Daniel Alves ter acertado no poste, a oportunidade mais flagrante surgiu quando William Kvist, da linha do meio-campo, tentou fazer um chapéu ao guarda-redes do Barcelona, José Pinto, e quase conseguiu. Mas só quando Messi decidiu mostrar outra vez a sua classe, em tempo de compensação, com novo golo, a vitória ficou garantida, permitindo aos anfitriões ultrapassar o FCK no topo do Grupo D.

Messi de guardia

Ambas as equipas deram sinais madrugadores do quanto o jogo ia ser emocionante. Depois de ter prometido que ia inaugurar o marcador, David Villa precisou apenas de três minutos para quase cumprir a promessa, mas a bola bateu na barra, depois de um passe de Messi. No entanto, apesar de Iniesta se encarregar de gerir o jogo, o FCK mostrou que tinha assimilado bem as indicações do treinador Ståle Solbakken, aproveitando cada contra-ataque com intencionalidade, ritmo e confiança. Foi assim durante todo o jogo. Messi já tinha cabeceado para as mãos do guardião Johan Wiland, na grande área, quando rematou forte para o primeiro golo da noite, aos 18 minutos. Iniesta encontrou um espaço por entre a apertada defensiva contrária e assistiu o internacional argentino à entrada da área, que elevou a sua conta pessoal para 28 golos em 47 jogos da UEFA Champions League. O 29º viria mais tarde.

E quando Iniesta fez um passe de mágica, ao estilo de Houdini, para escapar à marcação de Martin Vingaard e Claudemir, o estádio quase veio abaixo, mas não havia maneira de aparecer o segundo golo que sentenciaria a partida. Sem surpresa, o estilo destemido do FCK para punir esse falhanço, liderado por César Santin e, em particular, Dame N'Doye, trabalhou sem parar para alcançar um empate surpreendente. Alves, Messi e Villa desperdiçaram ocasiões de golo e, quase inevitavelmente, a surpresa esteve perto de acontecer, a meio da segunda parte, quando N'Doye fez uso da sua capacidade de explosão para se libertar de Carles Puyol e rematar perante a impotência de Pinto – no lugar de Víctor Valdés, adoentado – que viu a bola embater com estrondo na barra. Santin ainda fez a recarga de cabeça, mas ao lado. Depois, Alves, com um corte no momento certo, impediu o suplente Christián Bolaños de encostar à boca da baliza, antecedendo mais um golo de Messi.