Aí está o mata-mata… diria Scolari!
… daqueles jogos para ganhar e não para jogar… diria o Mourinho!
Para os mais puristas, venha de lá um Portugal ultra-defensivo a sair em mortíferos contra ataques… que eu ajudo a levar com a críticas... Como disse, e muito bem o Queirós, em Portugal não são 10 a defender mais o Ronaldo na frente… são onze a defender, muito e bem! Este jogo é a nossa final… passando, ficam as portas escancaradas e o favoritismo face a Paraguai ou Japão… depois, seja o que Deus quiser contra a Alemanha (eu disse Alemanha)!
Eu apostaria num
É entrar com calma, fechadinhos e depois ver o que o jogo nos permite… uma coisa é certa se não levarmos golos… só podemos vencer! Depois de palpar terreno poderemos crescer durante o jogo, como fizemos com o Brasil e C. Marfim, com 2ºs tempos bem superiores aos adversários!
Mas sempre com segurança.
O 4-2-3-1 é um sistema de grande povoamento do meio campo… é a “areia” no carrossel espanhol. Permite ter 2 linhas no meio campo a dificultar o jogo curto e progressivo da Espanha. Com as alas bem fechadas, os laterais ajudados pelo Danny e Simão (ou a compensação de Meireles, P.Mendes ou Tiago), o meio fica bem seguro pela capacidade e quantidade de elementos defensivos. É no fundo um 4-5-1, com o meio campo a 2 linhas, utilizando avançados no meio campo, como fez o Mourinho ao Barça e ao Bayern… Mourinho foi defensivo mas utilizando avançados a complementar o meio campo, e não defesas/médios… isto permite depois dar a chicotada no jogo partindo com avançados para o contra-golpe… é bem diferente!
Ofensivamente, é necessário conseguir colocar bem o primeiro passe e depois é meter em profundidade para Ronaldo aproveitar a posição subida dos defesas espanhóis. Não abdicar das subidas dos laterais é essencial, com a respectiva cobertura do médio defensivo.
Sempre que a saída vertical não sair, é necessário manter a largura do campo disponível, fazendo variações de flanco para desposicionar a Espanha. Normalmente eles fazem zonas de pressão muito localizadas e densas, despovoando o flanco contrário, é necessário aproveitá-lo e meter sempre lá um jogador a aparecer.
Cristiano e Simão são os nossos melhores homens com a bola nos pés… têm que assumir a responsabilidade no drible um-contra-um, devendo sentir a segurança da proximidade de um médio defensivo na sua cobertura à eventual perda de bola. O drible é o elemento chave dos desequilíbrios defensivos. Sempre que um drible for bem sucedido, obriga a um outro defesa ficar desposicionado saindo no encalço do avançado… é nesse espaço que o ataque tem que cair e aproveitar. Se houver um primeiro drible ou dois-contra-um bem sucedido depois é uma cascata… sempre que sai um defesa é meter em alguém no espaço deixado livre.
Estou a 100% com o Queirós… não alinho em portuguesismos típicos de criticar tudo o que é Luso. Ainda hoje as suas declarações foram fantásticas… à Mourinho!
Boa sorte… estarei a apoiar incondicionalmente!
Texto de Nuno Silva para o Negócios do Futebol
1 comentários:
acho que será o mesmo 4-3-3... ou um 4-5-1, vá