Continua a jornada da Itália no insucesso. A Squadra Azurra, actual campeã mundial em título, não mostra ter os argumentos necessários a revalidar o feito de 2006 e igualar o Brasil como o país com mais Mundiais na Sala de Troféus. Depois de terem cedido um empate frente ao Paraguaia na estreia, a um golo, os transalpinos repetiram o resultado, mas desta feita contra a modesta Nova Zelândia. Os dois tentos resultaram, contudo, de aspectos no mínimo duvidosos quanto à legalidade dos mesmos.
A Nova Zelândia adiantou-se no marcador quando era ainda cedo para dizer se seria um golo justo ou não. Smeltz aproveitou um alívio deficiente de Fabio Cannavaro e, oportunamente, bateu Federico Marchetti para assombro no estádio. Na repetição fica a dúvida se um jogador dos "kiwis" toca na bola desviando-a. Se o fez o golo é ilegal, pois nesse momento Smeltz estava em fora-de-jogo. A Itália fez o seu papel e foi em busca da dignidade e de impor o respeito que a Nova Zelândia parecia já não lhe ter. Montolivo enviaria um míssil ao poste direito da baliza de Paston, um remate que merecia claramente melhor sorte. Mas seria apenas um aviso para o que se seguiria. Tommy Smith agarrou De Rossi na área e o italiano caiu - quando já não estava a ser puxado - tendo o árbitro apontado o castigo máximo. Chamado a converter, Iaquinta não desperdiçou e estreou-se a marcar no Mundial.
O resultado sairia dos balneários, então, fixado numa igualdade - que não se viria a alterar. Lippi queria vencer e para isso colocou Di Natale e Camoranesi em campo. O atacante da Udinese tentou de pronto alvejar a baliza neozelandesa, mas Paston defendeu. O mesmo Paston viria a negar o golo a Montolivo de forma brilhante. As oportunidades sucederam-se com os italianos muito pouco interessados em perder pontos contra a pouca rotinada Nova Zelândia, e Camoranesi iria desencantar um remate portentoso, mas Paston estava em tarde sim e de novo defendeu brilhantemente. Uma vitória na última jornada para qualquer uma das equipas significará a sua presença nos oitavos-de-final.
Homem-do-jogo: Nelsen (Nova Zelândia)
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