Golo madrugador dá vitória à Argentina


Um golo madrugador de Gabriel Heinze foi quanto bastou à Argentina para bater a Nigéria esta tarde em Joanesburgo, no segundo jogo do Grupo B. A albiceleste apresentou grande consistência nas trocas de bola, evidenciando um bom entendimento, especialmente entre Messi, Higuaín e Tévez.

Aos seis minutos de jogo, na sequência de um canto de Verón, Heinze vai aparecer livre de marcação para fazer o primeiro, começando a evidenciar as dificuldades da Nigéria em lidar com os lances de bola parada, apesar de ter uma equipa mais alta e possante. Os argentinos não estavam contentes com a vantagem mínima e partiram ao encontro do segundo golo. Atacando preferencialmente pelo lado direito, onde Gutiérrez e Tévez ou Messi, davam uma profundidade e acutilância que Di María e Heinze, à esquerda, não davam, Higuaín dispôs de uma grande oportunidade para marcar o segundo dos sul-americanos, mas começaria a aparecer Enyeama com grandes defesas. Os africanos tinham imensas dificuldades para sair a jogar, ressentindo-se da ausência de Obi Mikel, já que o meio-campo era completamente segregado por um Mascherano ao nível habitual e um Verón qb. Até final dos primeiros quarenta e cinco minutos nota ainda para uma diagonal de Messi da direita para o meio, como é próprio de La Pulga.

Bullet: Gabriel Heinze heads the ball into the top corner of the net


Na segunda metade a Argentina, conforme se esperava, baixou o ritmo, fazendo uma gestão da posse de bola com passes certos e curtos. Messi continuava a demonstrar grande à vontade para entrar no meio dos centrais nigerianos e começa a sobressair-se com as suas arrancadas. Numa das suas aparições na grande área rematou em arco e cruzado para mais uma grande defesa de Enyeama. Convinha à Argentina que o jogo adormecesse um pouco, já que, desta forma, era possível esconder o cansaço que alguns jogadores já apresentavam. Aproveitando isso mesmo a Nigéria apareceu, ainda que discretamente. Taiwo, o jogador de campo mais esclarecido, rematou cruzado com a bola a tirar tinta ao poste da baliza de Romero. Pouco depois, o lateral viria, contudo, a ser substituído por Uche devido a problemas físicos.

O desacerto das "Super Águias" era total. Prova disso mesmo é o facto de apenas aos 77 minutos terem conseguido enviar um remate na direcção da baliza, autoria de Obafemi Martins. Nos minutos finais, os africanos viriam, porém, a conseguir algumas chances, das quais se destacam um remate de Uche no coração da grande área que saiu desviado do alvo quando o recém entrado estava sem ninguém a incomodá-lo. Aos 84 minutos, Di María daria o lugar a Burdisso, sendo intenção de Maradona retirar o jogador do Benfica, que vinha fazendo um jogo muito apagado, para segurar o resultado.


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Di María (4): Péssima estreia do extremo do Benfica em Mundiais. "Angelito" passou completamente ao lado do jogo, não procurando as bolas e resumindo as suas acções à ala esquerda. É verdade, também, que foi muito pouco solicitado pelos seus colegas, especialmente por Heinze, seu colega no corredor esquerdo, mas também raramente procurou regiões interiores para receber o esférico e realizar os seus movimentos. Bem substituído por Burdisso no final do encontro.

Homem-do-jogo: Vincent Enyeama