Lançamento da final da Liga Europa

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Atlético de Madrid e Fulham jogam hoje a glória na final da Liga Europa, num duelo anglo-hispânico, clubes de dois países com grandes tradições no futebol. Depois de dois anos de domínio da Europa de Leste com os triunfos de Zenit e Shakhtar Donetsk, é para já certo que o troféu virá mais para Ocidente. Em Hamburgo, tudo leva a crer que o jogo poderá não ser dos mais bonitos, esteticamente falando.

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É que em ambos os casos, vença quem vencer, terá, na respectiva sala de troféus, o primeiro troféu desta competição. Os ingleses chegam a esta fase devendo muito dos seus feitos ao reputadíssimo Roy Hodgson, homem que já comandou o Inter de Milão. Treinador do ano - eleito pelos colegas em Inglaterra -, Hodgson deu ao modesto clube de Craven Cottage a dimensão europeia que lhe era desconhecida. Os londrinos eliminaram emblemas históricos como o Hamburgo ou a poderosa Juventus. Estão na final com a humildade que os caracterizou toda a prova, contrariando os prospectos de que mais cedo ou mais tarde o sonho terminaria e o Fulham seria recordado na Liga Europa apenas como uma surpresa agradável. Com Damien Duff e Bobby Zamora em dificuldades físicas, mas com perspectivas de jogar, espera-se, no entanto, que o veterano Danny Murphy, ele que até já ganhou uma Taça UEFA com o Liverpool, comande os cottagers. Importante, igualmente, é a solidez defensiva desta equipa. Homens como Hangeland ou Hughes são autênticos muros, uma preciosa ajuda a Mark Schwarzer, outro dos homens que já sabe o que é estar na final de uma Taça UEFA.

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Mas do outro lado está um Atlético que pautou a sua temporada pela irregularidade...a nível interno. Os colchoneros são extremamente regulares nas competições europeias e estão nesta final com brilhantismo. Simão, Tiago e companhia já sabem o que é vencer equipas inglesas, já que derrotaram nas "meias" o Liverpool, porventura o principal favorito naquela fase a vencer a competição, e querem repetir a dose na final. Apostando num 4x4x2 que muito tem de convencional, Quique Flores está na final com ideias de inscrever o seu nome na história da equipa da capital. Apoiando o seu jogo nas alas onde moram Simão Sabrosa e Reyes, o Atlético tenta, desta forma, fazer chegar o jogo a uma das melhores duplas europeias, verdadeiramente letal: Kun Agüero e Diego Forlán. Há, contudo, um grande ponto fraco nesta equipa: a defesa. Muitas têm sido as vozes a dizer que o ataque do Atlético de Madrid não "merecia" uma defesa tão má, nem De Gea, um jovem guarda-redes que promete dar que falar, "merecia" igualmente. Há, no entanto, um aliciante para os madrilenos. Era praticamente impensável, no início da época, que seria o Atlético de Madrid a chegar a uma final europeia como a única equipa espanhola capaz de vencer um troféu do velho continente, a verdade é que foi o que se sucedeu e a moral para esses lados está em alta.