Joga-se mais logo uma das partidas mais decisivas do campeonato. A mais importante até à data seguramente. Se é "o jogo do título" ou não, isso já irá depender do resultado, não se podendo dizer à partida se o é ou não.
Com efeito, caso o Benfica confirme o domínio que tem exercido no Estádio da Luz sobre os bracarenses e vença o jogo, as contas ficam muito complicadas. É que, a confirmar-se tal cenário, os actuais líderes do campeonato dobram a vantagem para os minhotos, o que, passando a faltar seis jornadas para o fim do campeonato e com o Benfica a exibir uma regularidade como já não se via há muito, pode significar a entrega do título numa bandeja aos encarnados. A eventual ausência de Javier Saviola do jogo, pode significar o regresso de Pablo Aimar a uma função que desempanhava sem qualquer brilhantismo nos tempos de Quique Flores: Segundo ponta-de-lança. Éder Luís é o melhor jogador para actuar naquele lugar, não Aimar. O argentino não é um jogador para substituir El Conejo. Esse foi, aliás, um dos aspectos que mais contestação gerou na gestão de Quique, a colocação do antigo jogador do Valência.
Mas o jogo da Luz pode não ser mesmo o jogo do título. Caso o Braga vença, a equipa de Domingos avança para o primeiro lugar - vantagem no confronto directo com o Benfica - mas em igualdade pontual. Ora não podemos ser ignorantes ao ponto de pensar que um cenário de igualdade no topo da tabela, mesmo com uma equipa em vantagem no confronto directo, significa questões arrumadas a nível de campeonato, havendo 18 pontos em disputa. O Braga é uma equipa com orgulho ferido devido à "indiferença" com que o caso de Vandinho é tratado. Motivação pode ser o que não falta à equipa de Domingos. E deve haver um atleta que estará especialmente feliz por defrontar o Benfica: Paulo César. O brasileiro tem um especial "fetiche" por ver guarda-redes benfiquistas a resgatar as bolas do fundo das redes e não hesita em marcar aos lisboetas.
Certo é, para concluir, que o jogo de mais logo será um encontro de tripla, com o Braga a dever apresentar-se com mais cuidados defensivos, do que o Benfica. Mas, como todos sabemos, os arsenalistas são os professores em Portugal das transições rápidas para o ataque.
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