O Arsenal derrotou neste final de tarde o Hull City por duas bolas a uma. Os gunners, na ressaca da goleada imposta ao FC Porto, só conseguiram selar a conquista dos três pontos já perto do fim quando o dinamarquês Nicklas Bendtner voltou a ser decisivo, desta feita ao facturar o segundo golo.
Marcou o Arsenal em primeiro lugar por intermédio do russo Andrei Arshavin, numa altura em que os tiggers se batiam muito dignamente pelo resultado. O internacional russo bateu o guardião do Hull, concluindo uma grande jogada colectiva do Arsenal. Os londrinos cresceram no jogo, mas não conseguiam concretizar as oportunidades de golo e Jan Vennegoor of Hesselink haveria de propiciar a situação que daria aos da casa a igualdade imerecida. O holandês foi carregado por Campbell na grande área e o árbitro não hesitou em apitar para a marcação de grande penalidade. Chamado a converter, Jimmy Bullard não falhou. O encontro passou a ser jogado mais a níveis físicos do que propriamente estéticos, "bonitos de se ver". Apenas Arshavin dava alguma vivacidade futebolística. Um jogo que começara a altos níveis de rendimento caía agora no patético do faltoso, com os jogadores a não se importarem com a integridade física do adversário e colega de profissão.
A segunda parte mostrou o Hull muito dinâmico, apoiado em Bullard, muito irrequieto que fazia questão de assumir as rédeas da equipa. O Arsenal mudava as peças no tabuleiro e acabaria por se sobrepor no jogo, com Arshavin a continuar em especial destaque. Outra agradável surpresa foi a actuação da "reserva" Eduardo da Silva. O croata entendeu-se bem com Arshavin e Bendtner na frente, lançando o perigo na defesa do Hull. No entanto, se a percentagem de eficácia do jogo de Terça-Feira tivesse sido a mesma da de hoje, certamente o Arsenal não teria chegado a tamanho resultado com o FC Porto. Tudo isto porque os visitantes acumulavam chances atrás de chances, sem, contudo, chegar à tão desejada vantagem, vantagem essa que acabaria por chegar, finalmente, pelo homem-golo do momento no Arsenal. Nicklas Bendtner, que já havia estado especialmente inspirado no jogo a meio da semana contra os portistas, voltaria a facturar. Denílson rematou forte, Myhill defendeu a bola para a frente e Bendtner, oportuno, na recarga, fez o segundo do Arsenal, aos 92 minutos.
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