Águias voarão para Marselha em desvantagem após empate


O Benfica conseguiu, esta noite, no Estádio da Luz, um empate a uma bola com o Marselha, que deixa os encarnados em maus lençóis para o jogo da segunda mão em França. Aos gauleses, um nulo basta, perante o seu público, para seguir em frente. Pede-se, portanto ao Benfica, que tenha estofo de campeão para seguir em frente.

O jogo começou com ambas as equipas a denotarem algum nervosismo. Saviola teve o primeiro registo de ataque, mas foi desarmado facilmente. David Luiz teve a primeira chance mas o seu remate saiu longe do alvo da baliza à guarda de Mandanda. No lado dos marselheses, sempre Lucho González a exibir a categoria no passe que se lhe reconhecia em Portugal e que acabaria por criar uma clara oportunidade de perigo. O antigo capitão do FC Porto assistiria Brandao num passe fenomenal mas o brasileiro havia de se mostrar perdulário e falharia na grande área benfiquista. O jogo iria para o descanso sem mais oportunidades dignas de registo. O público da Luz, que foi em massa ao estádio, não vira, na primeira metade, a eficácia benfiquista que tantos encontros resolveu outrora.

Desilusão ao cair do pano

No reatamento haveria de ser o Marselha a criar perigo pela sua referência no ataque. Niang haveria de proporcionar boa defesa a Júlio César. Tentou responder o Benfica mas o remate de César Peixoto saiu bem desenquadrado. O público, à entrada para o derradeiro quarto de hora, impacientava-se. Raras vezes na Luz se assistira a um nulo nesta temporada e a assembleia queria golos. Os esforços encarnados haveriam, ainda assim, de ser recompensados quando Maxi Pereira furou por entre a muralha defensiva do Marselha e rematou para o fundo das redes. Delírio nas bancadas. Ben Harfa viria, no entanto, já muito perto do final, a fazer o empate, um pouco injusto para os portugueses, mas ainda assim aceitável. Resta agora ao Benfica a esperança de poder fazer qualquer coisa no Velodrome.