A selecção do Egipto conseguiu fazer o Tri na CAN e isso revela como uma país mais organizado que os restantes, consegue por si próprio fazer a diferença tanto ao nível de selecções como também de clubes. Note-se que as principais vedetas africanas jogam na Europa mas as suas selecções acabam por ficar muito aquém daquilo que são as expectativas iniciais para as competições. A selecção egípcia constituída na sua grande maioria por jogadores que participam no campeonato interno consegue ter uma organização táctica e qualidade de jogo que dá uma consistência diferente à sua selecção.
No Velho Continente realizou-se o sorteio para o Europeu de 2012 e voltamos a apanhar em sorte a selecção da Dinamarca, num grupo de apenas cinco equipas a tarefa portuguesa não se apresenta nada fácil com muitos jogos na Europa do Norte contra selecções que apresentam um estilo de jogo com que Portugal não costuma dar-se nada bem. Portugal foi cabeça de serie e calhou-nos em sorte Dinamarca, Noruega, Chipre e Islândia. Para já os olhos dos portugueses estão todos virados para o mundial da África do Sul mas penso que no caso de fazer-mos um bom mundial é importante marcar presença entre os três primeiros a nível europeu em 2012 na Polónia/Ucrânia para bem do futuro das nossas selecções. Porque com a desorganização que temos tido a nível dos campeonatos jovens que começam com umas regras, acabam com outras e que cada vez apresentam menos portugueses nas equipas de top, começo a colocar muitas dúvidas no caminho que está a seguir o futebol português.
A nível de clubes o Barcelona venceu o Getafe por 2-1 com golos de Lionel Messi e Xavi, num jogo em que teve sempre o comando das operações e que apenas aos 90 minutos os visitantes conseguiram reduzir por Roberto Soldado na conversão de uma grande penalidade. Mantém assim os cinco pontos de vantagem em relação ao galáctico Real Madrid que também venceu em casa e com pouca dificuldade o Espanhol com três golos marcados por Sérgio Ramos e Kaká logo no primeiro tempo e depois pelo jovem talento argentino Gonzalo Higuaín que entrou do banco 72 minutos espevitando o jogo da equipa e a tempo de marcar o terceiro tento dos madrilenos que desta vez não contaram com o contributo do nosso Cristiano Ronaldo pelas razões já conhecidas.
Em Inglaterra o Chelsea venceu o Arsenal no grande jogo da jornada com dois golos do costa marfinense Didier Drogba que ao minuto 23 já tinha colocado a equipa a vencer por aquele que seria o resultado final. Destaque para a boa exibição de Ricardo Carvalho que fez os 90 minutos e para a estadia no banco de suplentes de Hilário, Paulo Ferreira e Deco, o que não ajuda nada ao ritmo de jogo que queremos que alguns destes jogadores tenham no Verão por altura do mundial na África do Sul.
O Manchester United goleou por 5-0 o Portsmouth em Old Trafford num jogo onde as palavras own goal se ouviram por diversas vezes, não fossem os visitantes Vanden Borre, Richard Hughes e Marc Wilson ter introduzido o esférico na própria baliza uma vez cada um, dando três golos aos red devils, no entanto Rooney e Berbatov também marcaram para dar algum cheirinho à equipa da casa que ainda assim se viu ultrapassada pelos visitantes no número de golos marcados num jogo ganho por cinco bolas a zero.
Texto de Ricardo Monsanto para o Negócios do Futebol
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