Crónica de um fim de semana quase normal!

… quase normal!
… um Porto a lutar, a recuperar fôlego, a reunir os adeptos, a consolidar uma equipa… está quase!

Campeão não desperdiça

Este Porto X Naval termina com um 3 a 0 redondinho… é a expressão de um futebol sólido, pressionante, eficiente, pontilhado com elementos de grande qualidade. Enfim, aquilo que os adeptos merecem ver e disposto com um meio campo criativo, dinâmico, com posse de bola, controlo e domínio de jogo, a jogar a 2 toques, tabelas sucessivas progressão… aquilo que já não víamos há muito. Esta dupla Belluschi-Rúben é aquilo que esta equipa pede, e já agora, o que o autocarro da Naval pedia. Vale a pena pensar se o Jesualdo vai desfazer esta dupla nos jogos mais equilibrados e difíceis, ou se o regresso de Meireles fará sair alguém da equipa. Mas fiquemos apenas pelas coisas boas: são uma grande dupla e não vejo que o Rúben tenha menos recuperações de bola, menos sentido táctico defensivo… é dar-lhes tempo para aumentar a eficácia das suas acções, especialmente o Belluschi, que é dos dois quem mais falha mas quem mais risco assume na posse de bola. Nesta fase muitos andarão encantados com o Rúben, eu próprio, mas não duvidemos que o maestro é o Belluschi. É o Belluschi quem define as jogadas e o ritmo de jogo, necessitando ganhar confiança e suprir alguns défices que só o treino, em jogo, poderão fazer.

Da defesa nada de mais a apontar. Um guarda-redes seguro e a negar a única e boa ocasião de golo adversário. Dois laterais em grande rotação, apesar da dureza do calendário recente… 2 centrais eficientes e que vão levar perigo à área adversária e um médio defensivo, Tomás Costa que faz a posição 6 melhor que qualquer outra… encontrou a sua praia. Nas declarações da flash-interview disse algo interessante quanto às suas funções, algo do género: estava a adaptar-se muito bem a esta posição e está a fazer melhoras na forma de entender o posicionamento e movimentos do Bruno e do Rolando. Isto revela bem o que o Jesualdo quer do 6… alguém que se relacione com os centrais e não propriamente com os médios, daí que o próprio T.Costa e o Fernando sejam um 6 posicional, táctico, sem grande intervenção na saída para o ataque, sem chegarem à área adversária. Ao contrário do que Luís F. Lobo por várias vezes preconiza para esta posição, eu não consigo discordar do Jesualdo… desde que haja criatividade nos restantes 2 ou 3 elementos do meio campo.

Bruno Alves regressou à equipa (foto ASF)

O tal meio campo mostrou o mesmo dinamismo e qualidade já apresentada nos 2 últimos jogos. Rúben e Belluschi estiveram bastante bem. Foi um meio campo a 3 (Rúben+Belluschi+T.Costa), com um Mariano indeciso nas funções, como quase sempre, sem se definir como avançado nem assumindo como médio… mas fez um jogo muito positivo. O ataque, com o Falcão, o Varela e meio Mariano esteve à altura. Não teve muito espaço, por causa do autocarro… ao contrário do que o Inácio disse, não foi a Naval que se encolheu, foi o Porto que a comprimiu. Faltou um pouco de maior dinâmica no posto do Mariano, mas Falcão voltou a marcar e a estar em todos os lances de perigo… a confirmar o seu grande momento e já muito falado lá fora! Quando a Naval se tentasse chegar ao ataque era certo que o Porto faria mais perigo e assim foi. Após um lance de perigo da Naval o Porto marca o segundo golo e sentencia a partida. Até então, mesmo dominando, controlando e vencendo, sentia-se um nervoso miudinho no ar… uns passes falhados esporadicamente, umas indecisões e desconcentrações que no imaginário dos adeptos faziam lembrar outros filmes. Mas hoje o filme foi outro: uma vitória segura, justíssima e meritória… a continuar um ciclo de vitórias numa fase muito apertada das competições. Estamos a 7 pontos do SLB, possivelmente 4, e a 3 do Braga, possivelmente 6. Dependemos quase só de nós.. quase, é a palavra do momento.


FC Porto apresenta parecer em que defende pena de um a quatro jogos para Hulk e Sapunaru

O jurista João Leal Amado, especialista em Direito Desportivo, defende que as agressões de Sapunaru e Hulk a um assistente de recinto desportivo (steward) no túnel do Estádio da Luz devem ser penalizadas com uma pena de um a quatro jogos.

Isto porque, segundo aquele professor auxiliar da Faculdade de Direito de Coimbra, um steward é um “vigilante de segurança privada” e “a ordem jurídica não confunde as forças de segurança com os assistentes de recintos desportivos”. É com base nesta argumentação que o FC Porto deverá apresentar recurso junto do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

No parecer a que o PÚBLICO teve acesso, João Leal Amado considera que “não faltam boas razões para duvidar do acerto” do “enquadramento regulamentar” da acusação a Hulk e Sapunaru pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Contra os dois jogadores do FC Porto foram, recorde-se, deduzidas acusações nos termos das quais ambos teriam praticado infracções disciplinares muito graves contra “delegados ou outros intervenientes no jogo com direito ou permanência no recinto desportivo”, infracções puníveis com sanção de 6 meses a três anos, segundo o artigo 115.º, n.º 1, al. f, do regulamento disciplinar da LPFP. Mas, para o jurista, os “assistentes de recinto desportivo não são ‘intervenientes no jogo’, eles são, em certo sentido, justamente o oposto disso, visto que uma das suas tarefas centrais consiste em evitar que os espectadores possam intervir e perturbar o normal desenrolar do jogo”. No seu entender, “em princípio” não estão “autorizados a aceder e a permanecer num túnel de ligação entre o recinto de jogo e os balneários”.

João Leal Amado considera, assim, que “não se vislumbram razões válidas para enquadrar” as agressões de Hulk e Sapunaru no artigo 115.º. “Parece-nos estranho que o instrutor acusador diga, preto no branco, que estabelece esse artigo que o jogador que cometa agressão contra outro interveniente no jogo com direito de acesso ou permanência no recinto desportivo, entre os quais o assistente de recinto desportivo, é punido com pena de suspensão de 6 meses a 3 anos e multa (...)”, cita. E questiona: “Como!? Entre os quais assistente de recinto desportivo!? O preceito diz isso? Não diz. O preceito não faz menção a qualquer assistente de recinto desportivo.”

Em conclusão, é referido que os jogadores não poderão “ser objecto de outra punição senão a prevista para as hipóteses em que um jogador agride qualquer outro elemento do público, nos termos do art. 120.º do regulamento disciplinar da Liga, que já qualifica a respectiva conduta como uma infracção disciplinar grave”, punível com uma pena de um a quatro jogos. In-Publico

10ª jogo de castigo de Hulk.

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Considerar agentes desportivos os elementos (stewards) que não estão sujeitos a regulamentação ou jurisdição desportiva, e que se encontram num espaço que não está consignado para as suas funções (o túnel) é no mínimo um abuso na leitura dos regulamentos. Entretanto o Hulk cumpriu hoje o 10º jogo de castigo… quero ver como vão descalçar esta bota! A menos que isto seja o concretizar do “estou a fazer isto por outro lado”, e do “se não for de um jeito, será de outro” . VERGONHA!


Auto-golos, faltas, penaltis, foras-de-jogo.

Capitais escorregadelas

Ontem o Benfica beneficiou de um golo adversário anulado quando o jogo estava empatado.

Entretanto, ontem, dirão as virgens ofendidas, um justiceiro de nome Zor(r)o quis a toda a força dar a vitória à sua equipa… aquela que lhe paga o ordenado e com a qual tem contracto! Quanto a mim estou à vontade para continuar a dizer para aqueles que sempre trazem o assunto dos empréstimos à discussão: jogador emprestado nunca deveria jogar contra a equipa que lhe paga e que detém os seus direitos desportivos. Por questão de ética, nunca se deve presumir da boa fé dos agentes desportivos, pelo contrário agir regulamentarmente para que não haja espaço para faltas de ética, evitando sequer a discussão posterior destes casos.


Castigos prévios.

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Bruno o capitão da equipa madeirense, viu em apenas três minutos, viu dois cartões amarelos contra o Guimarães, por palavras dirigidas ao árbitro e foi expulso… não jogou contra o SLB.

Ronny, o jogador mais perigoso dos leirienses nos lances de bola parada, viu o quinto cartão amarelo… não jogou contra o SLB.

O Setúbal no último jogo, não pode contar com os defesas André Pinto e Ney (por expulsão) e o médio defensivo Sandro (quinto cartão amarelo)… não jogaram contra o Benfica.

Texto de Nuno da Silva para o Negócios de Futebol