Tonel garante vitória ao cair do pano

Crónica de José Manuel Cardoso para Negócios do Futebol

Sinto que o Leão está a aquecer, por um lado sem alarves de prometer com grandes feitos, por outro a consistência que não se conquista de um jogo para o outro, mas só através de trabalho e mais trabalho. Segundo jogo difícil sem o inigualável “Levezinho”, preparem-se adversários. Com o Liedson de regresso e a trabalhar motivado para ganhar a titularidade na África do Sul, a equipa a entrar num novo sistema de jogo, vamos conseguir conquistar o nosso lugar de direito pelo menos o terceiro lugar, como única equipa de Lisboa na frente do campeonato. Este ano parece-me difícil que se consiga subir muito mais mas terminaremos, pelo menos, ganhando novamente o campeonato da segunda circular. Para já encostamos ao 4º lugar vamos confiar no trabalho e no tempo para nos podermos pronunciar com mais certeza do que somente a esperança.

Sente-se que o Sporting, obrigado Leixões por nos colocarem à prova, está a subir de motivação (primeiro), começo a ver que há mais equipa e menos individualismo (segundo), menos dependência do jogador A ou B (determinantes é certo, mas que podem ser substituídos sem colocar em causa esquemas tácticos ou desempenho colectivo, e terceiro). Enfim outra abordagem que começa a desenhar-se com consistência mas é preciso dar tempo a que o trabalho da nova equipa se possam desenvolver.

Tonel deu três pontos ao Sporting (foto ASF)


Podem escrever-se que a vitória foi sofrida e tangencial, mas o Leixões tentou defender um empate como um bom resultado e se nos surpreendesse num contra-ataque levar um feito para alegrar os Matosinhenses. Aguentamos esse jogo e o guarda-redes do Leixões evitou uma goleada. O mais importante era a vitória para continuarmos a poder acreditar que, é possível, recuperar parte do atraso desta época.

Sobre os nossos reforços, senti melhor o efeito João Pereira do que o efeito Pongolle (resultar em golos) o que não é de estranhar. Gostei que o Simon Vukcevic jogasse, mas não estou certo de que esteja a produzir para a exigência de Carlos Carvalhal, veremos o seu crescimento nas próximas semanas.

Para os meus leitores não ficarem preocupados com o que escrevo sobre as equipas adversárias hoje vai só um comentário para o nosso vizinho da 2ª circular. Caros benfiquistas, de repente, desapareceram aquelas exibições “à matador” de tudo levar na frente, com pena minha porque o sal do futebol são os golos e os resultados da equipa até à paragem para férias (que luxo nos tempos que correm, fechar uma competição nacional quase um mês), era um hino ao futebol. Claro que o problema é sempre a consistência e se alguém consegue enganar parte das pessoas o tempo todo, alguém consegue enganar todas as pessoas parte do tempo, Jorge Jesus não conseguiu enganar todas as pessoas o tempo todo.