Nulo em Kazan deixa tudo em aberto no Grupo F


Num duelo entre equipas da Europa do Leste, registou-se um nulo entre o Dynamo de Kyev e o Rubin Kazan. Debaixo de neve intensa, 25 000 pessoas assistiram a um jogo em que as duas equipas procuravam a vitória por motivos diferentes: o Rubin para pôr um pé nos oitavos-de-final, algo inédito na equipa russa, e o Dynamo para voltar aos lugares de apuramento que deixara na última jornada por derrota frente ao Inter de Milão.


Mas a neve acabou por condicionar o jogo este acabou por ser muito mais físico do que seria de esperar. Foi o Dynamo quem começou a assumir o controlo do jogo, atacando com bastante insistência, com destaque individual para Shevchenko e Yarmolenko. Teve de ser o internacional turco Karadeniz a despertar o bicampeão russo ao realizar uma boa jogada individual pela direita que Bukharov não soube aproveitar. A explicação para a pagada exibição do Rubin poderá ser ainda outra para além das condições atmosféricas, é que a sua estrela El Chori Domínguez estava muito vigiado e não se conseguia soltar da marcação.


Ainda assim, o argentino enviou uma bola ao posta da baliza de Shovkovsky. Este acabou por ser, de resto, o tónico que os da casa necessitavam para se sobreporem no jogo. No final da primeira parte Domínguez haveria ainda de realizar um remate que, num autêntico hino ao futebol, levou Shovkovsky a responder de forma não menos exuberante.

Na segunda etapa a neve começou a cair de forma ainda mais copiosa. Aos 51 minutos, Yarmolenko falhou incrivelmente no cara-a-cara com Ryzhikov. O Rubin não quis ficar atrás e Karadeniz e Domínguez tentaram sempre levar o perigo à baliza do Dynamo mas o resultado haveria mesmo de se manter num nulo até ao apito final do árbitro Felix Brych.