Anelka oferece vantagem à França



Conforme se esperava, a França sentiu muitas dificuldades na deslocação a Dublin para defrontar a República da Irlanda de Giovanni Trapattoni. O único golo foi apontado por Nicolas Anelka e permite aos gauleses receber a Irlanda com uma vantagem apreciável.

A vantagem, no entanto, serviu apenas para tentar disfarçar as debilidades de uma selecção que vence mas que está longe de convencer. A França é uma equipa com um potencial ofensivo que poucas selecções terão e é, ao mesmo tempo, a que menos caudal atacante demonstra no seu jogo. Quem tem Henry, Benzema, Anelka, Malouda ou Gourcuff não se pode contentar em jogar para o resultado.



Em Dublin, a selecção orientada por Domenech esteve sempre partida: a defesa e o ataque. O sector defensivo não se incorporou nos atacantes e os homens mais avançados não ajudaram a defesa. E, nesta apatia francesa, passou-se a primeira parte, com a Irlanda a aproveitar para assustar Lloris, embora não insistentemente - ou não fossem treinados pela "velha raposa".



A segunda parte trouxe uma França com algum discernimento - porque até então não apresentara nenhum - e o resultado foi um aumento imediato do perigo na baliza de Shay Given. A Irlanda passou a atacar apenas por contra-ataque, que, ainda assim, era venenoso. Os irlandeses viriam a ser atingidos pelo azar depois de uma exibição tão sólida. A quinze minutos do fim do encontro, Anelka inventou um disparo de longe que tabelou em Dunne e traiu o guardião do Manchester City.