O Benfica viajou até à Turquia com uma preciosa vantagem de dois golos sem resposta trazidos do Estádio da Luz, do jogo da primeira-mão, contra o Trabzonspor. Há oito dias atrás, o treinador da equipa de Trabzon elogiou a experiência da equipa benfiquista e ontem os comandados de Jorge Jesus deram nova demonstração dessa mesma imagem. O resultado foi um empate a uma bola; a exibição certamente não terá enchido o olho a ninguém; no final, o Benfica está no playoff da Liga dos Campeões sem ter passado por calafrios no conjunto das duas mãos.
A principal novidade foi a inclusão de Witsel e Aimar no meio-campo, numa prova clara de que os dois elementos são compatíveis num onze encarnado. O belga atuou mais no apoio a Javi Garcia, mas, como é seu apanágio, demonstrou sempre qualidade e preocupação em sair com a bola em boas condições de lançar o ataque. Já Aimar demonstrou frescura física, enquanto foi possível, como há muito não se via. Nota também para a presença de Cardozo, mas no banco de suplentes. Poderá querer dizer tudo...ou nada, e ainda para a titularidade do "saca-rolhas" da primeira-mão, Nolito.
O Benfica, apesar de adotar uma postura mais cautelosa na hora de se balancear para o ataque, era a equipa que ia criando oportunidades - talvez a equipa do Trabzonspor tenha interpretado o resultado da primeira-mão ao contrário, não se sabe -, tendo chegado primeiro ao golo. Nolito aproveitou uma jogada coletiva e, no coração da grande área, atirou para o fundo das redes, batendo Tolga que é a primeira grande vítima do reforço espanhol, depois de este já ter sofrido um remate de Nolito na Luz.
A precisar de quatro golos para ultrapassar a eliminatória, os turcos começaram a ganhar consciência do que os esperava agora. Ainda assim conseguiram marcar um golo, por obre de Paulo Henrique, num lance que pôs a nu algum treino que o setor defensivo ainda precisa de sofrer. Só que pouco depois do golo, Paulo Henrique, um dos principais dinamizadores do Trabzonspor, lesionou-se após um lance em que sofreu falta de Witsel e teve de sair.
Na segunda parte continuou o disco a tocar o mesmo tipo de música, possivelmente um "slow", embora as faixas mudassem obviamente. Nolito, Gaitán e Witsel, todos estiveram perto de marcar. A boys band benfiquista regressa a Portugal com um concerto em que não deslumbraram, mas em que demonstraram serem um conjunto maduro, prontos a atuar, com algumas afinações necessárias, em importantes palcos.
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