PSP acusa Benfica de «pôr em causa a segurança»


A Polícia de Segurança Pública acusa o Benfica de «pôr em causa a segurança» no estádio, ao «ter dado ordem para apagar as luzes e accionar o sistema de rega».

«Ao desligarem as luzes e ao ligarem a rega puseram em causa a segurança dos agentes da polícia em serviço no interior do estádio e isso não pode voltar a acontecer», acusou o subintendente Costa Ramos, responsável pelo dispositivo policial destacado para o Clássico, que manifestou aos dirigentes encarnados o desagrado por uma decisão que podia ter «consequências lamentáveis».


Quanto aos incidentes ocorridos antes do jogo com adeptos encarnados, e enquanto as claques do FC Porto aguardavam ordeiramente a entrada no recinto, Costa Ramos rejeitou a ideia de ter havido falha de planeamento. «Uma coisa é estar preparado para qualquer alteração da ordem, outra é planear que uns quantos indivíduos vão arremessar 20 ou 30 pedras que podem estar em cinco, 10 ou 20 sítios. Não é possível planear. Os incidentes foram provocados por alguns adeptos do Benfica e envolveram apenas a polícia», argumentou o subintendente, lembrando que a caixa de segurança montada à volta dos cerca de cinco mil adeptos do FC Porto foi «eficaz e correu em conformidade com o que foi planeado».


Os confrontos no estádio resultaram, de acordo com Costa Ramos, na detenção de «11 adeptos do Benfica, seis por terem arremessado pedras, dois por atitudes agressivas para com a polícia, dois por transportarem material pirotécnico e um por atirar com berlindes para o banco do FC Porto e que atingiram um agente policial». Tal como a chegada, também a saída das claques portistas decorreu em segurança, depois de terem aguardado cerca de uma hora no estádio.