Belluxo

Belluschi (Luís Forra/Lusa)

O Porto passou um duro teste nesta jornada: venceu o Olhanense por três golos sem resposta. Mais, conseguiu uma vitória que ninguém tinha conseguido ainda na Liga, no Estádio José Arcanjo. Mas os destaques não se ficam por aqui. Falcao regressou aos jogos na Liga ZON-Sagres e de que maneira: apontou dois golos e enviou uma bola ao poste. A juntar a tudo isto esteve o abre-latas Fernando Belluschi que, num lance de tremenda qualidade técnica, fez o 0-1 quando parecia complicado o Porto marcar. Desta forma, ficam a faltar quatro finais rumo ao título.

Na equipa da casa, João Gonçalves e Rui Duarte deram lugar ao chileno Suárez e a Ismaily. Nos dragões, a única alteração foi a entrada de Sapunaru para o lugar de Fucile. O Olhanense adoptou um sistema que enganava. Mascarava-se num 4x3x3 quando na verdade Jorge Gonçalves, em situações defensivas, vinha ajudar o trio do meio-campo. O Porto exerceu uma pressão enorme sobre o Olhanense nos primeiros 20 minutos essencialmente. Trocas de bola rápidas, muitos cantos, muita posse, vários cruzamentos: os dragões faziam o seu jogo. A diferença para a maioria das outras equipas com quem o Porto joga, é que os algarvios não se sentem desconfortáveis quando têm apenas 33% de posse de bola. O seu jogo é feito de transições rápidas para o ataque e, a partir do minuto 20, começaram a mostrar essa faceta.

Contudo, pertenceram ao Porto as melhores situações. Hulk que atravessa um jejum de golos, mostrava-se em grande nível. O avançado brasileiro até pode não estar a marcar, o que mais cedo ou mais tarde acontecerá certamente, mas a sua importância como motor de arranque da equipa é essencial. De referir ainda que, no primeiro tempo, Varela e Belluschi poderiam ter marcado. Mas Ricardo Batista sobrepunha-se a tudo e todos, quando não era o poste a ajudá-lo.

Falcao (Luís Forra/Lusa)

No início do segundo tempo, Villas-Boas lançou James e Fucile e retirou Varela e Sapunaru. As mudanças acabaram por ter grande eco nas movimentações portistas. O colombiano, especialmente, deu grande mobilidade ao ataque do Porto, com derivações frequentes e deambulações no campo. O jogo melhorou ainda mais. Em dois minutos, o Olhanense provocou a primeira - e única - grande defesa de Hélton. O brasileiro lançou o contra-ataque e Falcao, num bom trabalho, enviou a bola em arco ao poste. Aos 57 minutos, boa jogada sobre a esquerda do ataque dos azuis-e-brancos, com Falcao a concluir e, miraculosamente, Carlos Fernandes a salvar em cima da linha de golo. Mas estava apenas a adiar-se o que parecia inevitável.

Curiosamente o golo do Porto chegou numa jogada do tipo que o Olhanense estava a apostar: uma transição rápida. A concluí-la a genialidade de Belluschi, num remate incrível que Ricardo Batista não conseguiu suster. Os da casa sentiram e muito o golo. De tal forma que, apenas dois minutos depois, Falcao num bom trabalho à ponta-de-lança, fez o segundo. A partir daí, a acção do encontro morreu e resumiu-se a ataques do Porto. Em cima do apito final, Falcao, depois de um grande trabalho de Hulk, fixaria o resultado final.