Dragão sofre mas passa teste da Mata Real


O FC Porto venceu esta noite o Paços de Ferreira (3-0) e voltou a aumentar para oito pontos a vantagem sobre o Benfica, segundo classificado na liga.

Depois de uma semana marcada pela tensão entre os dois treinadores – Rui Vitória disse que queria ser o primeiro a vencer os dragões e André Villas Boas disse que tinha motivação extra para o jogo – foi um FC Porto empertigado aquele que entrou em campo em Paços de Ferreira.

Logo nos primeiros minutos da partida a bola rondou várias vezes a baliza de Cássio, que fez mesmo uma grande defesa a cabeçada de Sapunaru, e a equipa da casa sentia dificuldades para passar do meio-campo. Com um ritmo de jogo intenso, o FC Porto chegou à vantagem cedo: Otamendi, aos 11 minutos, conclui com uma cabeçada um livre batido por Hulk. A vencer, o FC Porto manteve a pressão sobre os homens da casa e só quando Falcao, aos 16 minutos, desperdiçou o 2-0 a equipa do Paços de Ferreira foi capaz de respirar e aproveitar o abrandamento do dragão para começar a aproximar-se mais da baliza portista.

Já na segunda-parte a história mudou. O FC Porto voltou ao jogo sem Falcao e o Paços de Ferreira procurou o empate. Valeu ao FC Porto a terrível falta de inspiração de Rondon, que falhou vários golos e ainda a qualidade de Helton, que evitou o empate por duas vezes. Em cima da hora, um erro de Artur Soares Dias valeu o segundo golo ao FC Porto. O árbitro de Braga assinalou grande penalidade a favor do FC Porto por pretensa mão de David Simão – o pacense cortou a bola com o pé, que levantou bastante – e Hulk fez o 2-0. Já em período de descontos, tempo ainda para Walter fazer o 3-0, após grande jogada de Hulk. Do lado do dragão também houve oportunidades desperdiçadas, mas para a história o que fica é que André Villas Boas voltou a ganhar. Rui Vitória perdeu, sofreu três golos, mas fica o consolo de ter feito tremer o líder, única equipa invicta na Europa.