O jogo começou com nada menos que três portugueses no «onze»: Ricardo Carvalho e Pepe, de volta após longa ausência por lesão no seu clube, reeditaram a dupla de centrais da Selecção, CR7 tomou o seu lugar, depois de se ter lesionado na última partida do Real e recuperado antes do previsto. Depois do empate na primeira jornada, havia ainda maior pressão para a estreia de José Mourinho no Bernabéu, no reencontro com Jose António Camacho, ex-treinador do Benfica e actual técnico do Osasuna. E a aquecer os ânimos havia ainda a surpreendente derrota caseira do Barcelona frente ao Hércules, mais cedo neste sábado.
O Real Madrid foi melhor, mas a primeira parte fica marcada por um encontro jogado em ritmo lento, sem muitas as oportunidades. Depois, logo a abrir a primeira parte, aconteceu o golo. Cristiano Ronaldo tentou um primeiro remate, falhou, mas conseguiu recuperar a bola e passar para Ricardo Carvalho, que encostou. Explosão de alegria em português no Bernabéu, momento especial para Mourinho e Carvalho, que o treinador português foi mais uma vez buscar, agora ao Chelsea, para prosseguirem uma bela história em conjunto. O Real teve mais oportunidades, a vitória podia ter sido mais dilatada, mas Higuaín e Cristiano Ronaldo não estavam em dia de marcar. Antes do final, Mourinho aproveitou para lançar mais algumas opções e, já em tempo de descontos, entrou o ex-benfiquista Di María, que rendeu Higuain.
No centro da acção esteve um português. Tiago Gomes participou no segundo golo da sua equipa e esteve em campo, sempre com um nível muito bom, até aos 73 minutos. O que se passou, então, em Barcelona? O Hércules marcou aos 27 minutos, no primeiro remate que fez à baliza de Victor Valdés, segurou exemplarmente a reacção blaugrana, e fez o segundo na fase inicial da etapa complementar. Claro que o Barcelona teve oportunidades mais do que suficientes para ganhar. Mas a bola não quis entrar. Ou batia na perna de um defesa, ou desviava num tufo de relva, ou chocava com estrondo nas luvas de Calatayud.
Em cima do minuto 90, Trezeguet até podia ter elevado o escândalo a um patamar superior. Mas nessa altura as pernas do experiente gaulês já não respondiam. Por uma vez, nem a genialidade de Leo Messi valeu a Pep Guardiola. Este Barcelona também sabe perder. Resta dizer Kiko, o adolescente vítima de ataque de pânico na primeira jornada, alinhou 25 minutos e superou este segundo teste.
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