Olhar sobre o FC Porto


O FC Porto está bem, e recomenda-se. Mais um jogo com André Villas-Boas no comando, mais uma vitória que só peca pelos números escassos do resultado.

O volume de jogo que os "onze" armados pelo jovem técnico portista vão praticando esta época é imponente. Resguardados pelos tentáculos de Fernando, embalados pelo pulmão de Moutinho, e adornados pelos pés de Belluschi, o centro nevrálgico portista ganhou outra vida. Um meio campo que parece já jogar de olhos fechados, num esforço combinado e trabalho de equipa. Quer defensiva, como ofensivamente.


Quem acompanhou atentamente o Porto de Jesualdo Ferreira, e agora assiste a esta nova filosofia de jogo, só pode estar deslumbrado. A construção de jogo ofensiva deste Porto não só é bela, como eficaz. É a transformação de um jogo atabalhoado, de passes invariavelmente errados, para um jogo de posse, quase adormecendo o adversário, para depois disferir um ataque certeiro e letal. Tudo em transições rápidas e apoiadas.

Há sangue novo no dragão! O corpo é praticamente o mesmo do ano passado, mas o cérebro, André Villas-Boas, sente este Porto como ninguém. E quando assim é, torna-se tudo mais fácil.

Crónica semanal de Bruno Andrade para o Negócios do Futebol
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