Análise à Coreia do Norte:
- tacticamente desenha um 5-4-1.
- defensivamente encolhem para duas linhas de 5, todos atrás da linha da bola, com um pivot defensivo à frente dos centrais que nunca se desposiciona
- a linha de 5 defesas é muito posicional e disciplinada… quase não se desposiciona.
- para o ataque contam apenas com um rapidíssimo contra-ataque em que o avançado se faz acompanhar praticamente de um único médio
- os seus ataques são muito directos e rápidos pelo que a transição faz-se a 1 ou a 2 tempos sem possibilidade de deixar chegar e subir a segunda linha de médios.
- são extremamente trabalhadores, rigorosos e determinados.
- mentalmente são fortes, não esmorecendo mesmo quando surgem os primeiros percalços
- mesmo a perder não abrem no campo e continuam paciente e rigorosamente no seu estilo estereotipado e cristalizado
- defensivamente encolhem para duas linhas de 5, todos atrás da linha da bola, com um pivot defensivo à frente dos centrais que nunca se desposiciona
- a linha de 5 defesas é muito posicional e disciplinada… quase não se desposiciona.
- para o ataque contam apenas com um rapidíssimo contra-ataque em que o avançado se faz acompanhar praticamente de um único médio
- os seus ataques são muito directos e rápidos pelo que a transição faz-se a 1 ou a 2 tempos sem possibilidade de deixar chegar e subir a segunda linha de médios.
- são extremamente trabalhadores, rigorosos e determinados.
- mentalmente são fortes, não esmorecendo mesmo quando surgem os primeiros percalços
- mesmo a perder não abrem no campo e continuam paciente e rigorosamente no seu estilo estereotipado e cristalizado
Portugal:
Depois da entrada cautelosa e calculista com a Costa do Marfim surge o momento da definição. É um jogo completamente diferente, com uma das equipas mais peculiares deste torneio. Por isso mesmo terá Portugal que efectuar algumas adaptações, até porque ficamos sem Deco por aparente limitação física.
A prioridade defensivamente são as coberturas ofensivas, para que a defesa esteja bem posicionada quando naturalmente se verificarem perdas de bola no ataque. E por falar em perdas de bola… é bom que elas aconteçam… será sinal de ambição, assumir risco no ataque e cair em cima dos Coreanos desde o início. Vai ser necessário muita coragem, muita paciência e alguma sorte, nunca se deixarem amuar quando baterem de frente contra aquele muro coreano.
Como vem nos livros, para uma defesa de 5, tem que se ter 2 avançados no centro e dois extremos, ou médios, que consigam dar largura e profundidade. A subida dos laterais vai ser importante, assim como movimentos de ruptura de um dos médios centro a cada vez.
Assim, sem inventar muito, eu apostaria:
Guarda-Redes: Eduardo
Defesas: Coentrão, B.Alves, R.Carvalho, P.Ferreira
Médios: Meireles, Tiago, Simão e Danny
Avançados: Liedson, Ronaldo
Metia Meireles a médio mais defensivo, para este jogo não é necessário um P.Mendes muito posicional e o Meireles chega e sobra para as encomendas defensivas, podendo ajudar nas tarefas de criatividade…
… na falta de Deco, fica Tiago no meio, com as suas vantagens e desvantagens relativas…
… nas laterais do meio campo ofensivo: Simão e Danny para poder libertar o Ronaldo, e aproximar-se do Liedson, trabalhando os pequenos espaços entre as linhas defensiva e média. Este esquema poderá permitir algumas variantes dentro do próprio jogo sem mudar os jogadores, mas as suas funções. Subir Coentrão, baixar Ronaldo, Subir ou baixar Tiago e Meireles…
Estrategicamente:
- parece-me muito importante os defesas laterais subirem, para criar superioridade na linha ou fazerem o extremo ir para o meio e dar alguma superioridade no meio do ataque
- além disso os centrais vão ter que jogar próximo do meio campo, para não deixarem criar espaços onde se criem as transições recuperando a bola precocemente. Não tenho dados para afirmar que o avançado Coreano seja em corrida mais veloz que os nossos defesas… se isso se verificar o defesa tem que recuar para não dar espaço nas costas para o avançado meter em corrida.
- é necessário trocar a bola curto, até porque eles vão estar recuados e não vai haver espaço para colocar longo, mas se houver algum desposicionamento na linha tem que ser aproveitado com passe médio-longo, serão raras e boas oportunidades.
- é necessário fazer a bola entrar entre as 2 linhas defensivas, insistindo e rodando os flancos de jogo para desposicionar os asiáticos… sem desesperar… insistir.
- vai ser necessário alguém assumir o risco do drible, na linha é mais seguro, mas no meio é mais eficaz. Faz-se o drible e mete-se nas costas de quem sair à marcação… jogando no espaço onde alguém terá que aparecer. Tanto o portador da bola como o colega tem que pensar no espaço que o jogador que vai sair à marcação vai deixar livre.
Seria desejável que o golo surgisse cedo para eventualmente construir uma vantagem relativa entre golos marcados e sofridos que poderá ser o eventual factor de desempate com a Costa do Marfim.
Texto de Nuno Silva para o Negócios do Futebol
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