A Holanda assinalou a passagem aos quartos-de-final com uma vitória por 2-1 perante a sensação - menos para Van Marwijk - Eslováquia. O seleccionador holandês lançou Robben no onze titular e não se arrependeu em nada. O jogador do Bayern mostrou que está recuperado e na melhor forma ao realizar uma grande exibição e marcar um golo. Wesley Sneijder, que também se exibiu em grande nível, marcou o segundo dos holandeses. Vittek viria a reduzir, de grande penalidade, para 2-1 e igualou Higuaín no topo dos melhores marcadores.
A Eslováquia começou bem o jogo, com o autocarro...apontado à baliza de Stekelenburg. Os primeiros minutos tiveram oportunidades de um lado e de outro, algo que certamente a "Laranja" não esperava. Weiss, o filho do seleccionador, desenvencilha-se de dois adversários e oferece o golo a Jendrisek que atirou por cima. Na resposta, Robben endossa a bola para Sneijder, mas o pequeno genial atirou também desviado. Dez minutos durou este clima de parada e resposta. A Holanda iria subir de rendimento graças à superioridade técnica que evidenciam Sneijder, Robben ou Van Persie. O médio do Inter recebeu do avançado do Arsenal mas bateu fraco. Redimir-se-ia no lance seguinte com um passe assombroso para Robben - uma trivela de quarenta metros. O extremo do Bayern veio da direita para o meio, conforme é seu carimbo, e rematou com o pé esquerdo, indefensável para Mucha. Um grande exemplo do quão simplista é esta "Laranja". Se no passado gostava de ser uma laranja de qualidade encantadora, deliciosa, agora não hesita em servir-se de forma amarga. Foi assim que conseguiu a vantagem, sem meias contemplações.
Na segunda parte Robben viria com mais vontade (ainda) de pôr em retalhos a defesa eslovaca. Quatro minutos de jogo e o camisola 11 da Holanda volta a vir da direita para o meio antes de desferir um remate que o poste da baliza de Mucha sentiu passar-lhe de raspão. No minuto seguinte, Robben de novo centraria para Van Persie, mas o 9 cabecearia para defesa de Mucha. Os holandeses, confiantes de que mais cedo ou mais tarde o golo iria aparecer, deixaram a Eslováquia crescer e os outsiders queriam mostrar que o jogo estava longe de estar entregue. Miroslav Stoch rematou para defesa de Stekelenburg para canto. Na marcação deste, Vittek recebia livre, mas a sua bola iria morrer nas mãos do guarda-redes do Ajax. Mais tarde, aquele que é um dos melhores marcadores do Mundial, teria de novo uma boa oportunidade. Bert van Marwijk tentou inverter essa tendência com as substituições mas não conseguiria, não imediatamente. A Eslováquia continuou a tentar, em vão.
Mas, quem não marca sofre. Foi isso que a Holanda fez, castigar a Eslováquia pela ineficácia. Sneijder fez um golo mais do que merecido para o 10. No último lance do encontro, a Eslováquia seria premiada pela boa réplica dada e, de forma mais abrangente, pelo bom Mundial feito. Vittek sofreria uma falta de Stekelenburg, no entender do árbitro, dentro da grande área. Na marcação do penalty, o mesmo Vittek não perdoou, mas era já tarde para sonhos maiores. A Holanda espera, agora, no sofá, pelo Chile ou pelo Brasil.
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