El Madrileño com o resultado normal

Las imágenes del Atlético-Real Madrid

Começa a ser um hábito ver o Real Madrid ganhar os derbys com o Atlético de Madrid seja em que campo for. Ontem o encontro realizou-se no Vicente Calderón, mas nem por isso as coisas foram diferentes. A turma de Mourinho venceu por 1-2 com golos de Karim Benzema e de Mesut Özil. Agüero, aquele que mais inconformado esteve no "Atleti", descontou já perto do fim. Ainda assim, esta é uma vitória justíssima para os merengues.

Mourinho lançou um meio-campo de trabalho, composto por Lass, Khedira e Xabi Alonso, que permitia grande liberdade ao trio mais ofensivo - Ozil, Benzema e Ronaldo. O Atlético, por sua vez, montou uma estratégia na qual privilegiava a posse - que até conseguiu ter em certas alturas - e o ataque continuado. O único problema é que isso foi fazer a vontade ao Real que assim jogou como mais gosta, em ataques rápidos. A juntar a isso, o meio-campo do Real não deixava sequer o dos colchoneros ter a bola, recuperando-a rapidamente. Aliás, prova desse domínio do jogo são as quatro oportunidades que o Real teve antes de finalmente marcar, aos 11 minutos, por Benzema.

Com o golo, o Atlético foi em busca do empate e para isso usou "El Kun". Sempre que a bola chegava ao internacional argentino havia perigo para Casillas, mas o guarda-redes espanhol respondeu sempre com grande virtuosismo. A superioridade do Atlético durou...12 minutos. Tudo isto porque, aos 23 minutos, o Real Madrid deu um soco no estômago dos da casa quando Ozil, no seguimento de um penalty não assinalado por falta de Ujfalusi sobre Ronaldo, rematou para o fundo das redes, dando a ideia de que De Gea não fica muito bem na fotografia. Agora o Atlético estava a precisar de ser reanimado, do intervalo.

Las imágenes del Atlético-Real Madrid

Mas o segundo tempo mostrou mais do mesmo do lado dos de Manzanares: uma vontade quase só única - de Agüero - em retirar algo do encontro. O avançado ia tentando, tentando, tentado, sem sucesso bater Casillas. "San Iker" estava a fazer jus à alcunha e, como disse Mourinho no final do encontro, foi um dos melhores em campo. Só que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" e, aos 84 minutos, quando era certamente tarde demais, o dez do Atlético lá conseguiu o seu golo - e sublinhe-se bem o determinante possessivo porque mais ninguém fez tanto por merecer como ele. O resultado final é a prova de um Real Madrid que teve sempre o jogo controlado e que demonstrou aquela maturidade que caracteriza as equipas de José Mourinho.