O FC Porto passou por mais um teste extremamente difícil. A jogar debaixo de uma camada de neve intensa, os "dragões" até estiveram a perder, mas reviraram o resultado e resolveram no final (1-3) frente ao Rapid de Viena. O grande destaque do jogo vai para Falcao. O internacional colombiano isolou-se como melhor marcador da Liga Europa com um hattrick. O ponta-de-lança fez golos à matador, plenos de oportunidade e mostrou aos que davam conta da sua inconstância, que esta tem tudo para ser uma época melhor que a anterior. Com este resultado, o FC Porto assegurou o primeiro lugar no Grupo L.
Os azuis-e-brancos tiveram uma contrariedade logo antes do apito inicial. Beto, devido ao grande nevão, lesionou-se e teve de dar o lugar na baliza a Hélton. Como se esperava, Rúben Micael e Fucile entraram para o onze para os lugares de Belluschi e Rafa. O Rapid de Viena, obrigado a um resultado positivo para continuar a sonhar com o apuramento, a jogar perante o seu público e num estado climatérico a que estava mais habituado, entrou mais forte. Os da casa acumulavam situações de perigo e o Porto tinha algumas dificuldades em sair a jogar. Os austríacos usavam especialmente o corredor esquerdo para atacar. Viriam, de resto, a conseguir o golo daí mesmo, quando o Porto já se encontrava por cima no encontro e já sem Fernando em campo - o brasileiro foi substituído por lesão por Guarín. Gartler centrou da esquerda, Otamendi desviou a bola de cabeça, traindo Hélton, e Trimmel aproveitou da melhor forma para dar vantagem aos vienenses.
Seria solo de pouca dura. Radamel Falcao aproveitou uma falha da defesa do Rapid e, três minutos depois, bateu pela primeira vez Hedl.O jogo iria, então, para o descanso com um empate que parecia justo. No segundo tempo, o jogo teve um só sentido: o da baliza do Rapid. O Porto parecia a única equipa interessada em conseguir algo do encontro. Hulk era uma das maiores ameaças para a defesa do Rapid, fazia aquele sector em fanicos. E Falcao realizava uma exibição muito sólida, muito combativa. Mas, de novo, as oportunidades escasseavam. Rolando ainda poderia ter dado a reviravolta, mas a bola embateu, em cima da linha de golo, num homem do Rapid. Já perto do fim, Hulk arrancou pela esquerda e cruzou tenso, Hedl não agarrou e lá estava ele, furando, Falcao. Ainda o Porto festejava o segundo e de novo a dupla Hulk-Falcao a fazer estragos. Remate do brasileiro, nova defesa incompleta e o colombiano a finalizar com (muita) classe.
Grande resultado do Porto num estádio que traz muito boas memórias, e que assim continua. Importante demonstração de força dos homens de André Villas-Boas, autênticos "todo-o-terreno" do futebol.
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