A Eslováquia manteve a regularidade demonstrada nos outros jogos e está nos oitavos-de-final do Mundial, depois de ter vencido a Itália por 3-2. Os transalpinos, cansados e dependentes de rasgos individuais, ficam, assim, muitos furos abaixo do esperado, não conseguindo dar luta à manutenção de um título que ainda é seu.
Os italianos estiveram, especialmente, na primeira parte, vulneráveis às acções dos eslovacos e quem mais se aproveitou foi Vittek que bisou no encontro, tornando-se o melhor marcador da história daquele país. O avançado não fez golos vistosos, mas foi muito oportuno e eficaz. A verdade é que se tanto tacticamente como tecnicamente a Itália pode superiorizar-se a esta Eslováquia, o colectivo da Squadra Azurra deixa muito a desejar, por oposição aos comandados de Weiss que aí têm uma das suas maiores armas. De Rossi, que tinha sido dos melhores elementos italianos nos últimos dois jogos, esteve desconcentrado. Prova disso é mesmo o passe falhado para Montolivo e que a Eslováquia aproveitou de pronto para, por Vittek, se colocar em vantagem e em posição privilegiada para avançar na prova. Da Itália nada se via e a baliza de Mucha era quase uma miragem. Ao invés, Stoch e Strba avaliavam os reflexos de Federico Marchetti e Kucka, ao cair do pano do primeiro acto, ainda remataria com muito perigo às malhas laterais. Ainda antes do final da primeira parte, Gattuso abriria o joelho a Strba num lance arrepiante.
Gattuso iria dar o seu lugar na equipa a Quagliarella e o jogador do Nápoles cambiaria o jogo para o lado dos transalpinos. Também Pirlo entraria em campo, para substituir Montolivo. A disposição táctica dos italianos alterava-se um pouco e logo a equipa sentia-se melhor. Mas seria de novo o carrasco da Itália, Vittek, quem aumentaria a vantagem aos 74'. Quando já todos pensavam que nada se poderia passar, eis que, aos 81', Di Natale faz a recarga de um remate defendido de forma incompleta por Mucha e reduz. Os adeptos que tinham ido ver a Azurra ao Ellis Park animavam-se, acreditando quase num milagre. Mas Kopunek encarregar-se-ia de retirar todas as esperanças aos italianos. No final do jogo, Quagliarella iria ainda reduzir para 3-2.
Paraguai apura-se em primeiro na estreia de Cardozo
No outro jogo do grupo, Nova Zelândia e Paraguai entraram em campo com a ambição de passar às eliminatórias do Mundial. A sorte, contudo, acabou por sorrir unicamente aos sul-americanos que, com o empate a zero golos acabam por passar em primeiro lugar. Os neozelandeses vão para casa sem ter perdido um único jogo, deixando uma boa imagem.
O principal destaque do encontro - para nós portugueses - acabou por ser a estreia do avançado do Benfica, Óscar Cardozo. O "Tacuara" não conseguiu mostrar serviço e poderá regressar ao banco nos oitavos-de-final. Quanto ao jogo, a escassez de golos em tudo é indicadora da falta de qualidade do jogo. A Nova Zelândia não conseguiu criar perigo, apesar de precisar da vitória e o Paraguai jogava com o relógio, tendo o apuramento no bolso. Os paraguaios esperam agora pelos jogos do Grupo E para saber com quem irão medir forças na próxima fase da competição.
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